terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Brasil apresenta uma das menores taxas de imposto do mundo sobre ganhos de capital na venda de empresas


O Brasil é um dos países mais atrativos quando se trata de taxas de impostos sobre ganhos de capital na venda de uma empresa, segundo um novo estudo da UHY, rede de contabilidade e auditoria. Enquanto a média das taxas praticadas nos países do G7 é de 28,6%, (chegando a 46,6% na Alemanha), e a global é de 19,8%, a média brasileira é de 14,4%.A UHY coletou informações sobre os regimes fiscais de 25 países para comparar o lucro que um investidor, de pequeno ou médio porte, teria ao vender sua participação na empresa, com base em um investimento inicial de US$ 1 milhão, e a venda da participação em US$ 10 milhões e US$ 50 milhões.A taxa de mais-valias fiscais de 14,4% do Brasil sobre os lucros provenientes da venda de um negócio de US$ 50 milhões é a segunda mais baixa do BRIC. Tanto a Índia quanto a China impõem mais de 19% sobre os ganhos de capital na alienação e a Rússia atribui 12,7% na mesma situação.Os analistas da UHY explicam que a política de baixa tributação sobre os lucros de venda no Brasil incentiva o empreendedorismo e deve ajudar a aumentar a sua atratividade como destino para a instalação de empresas.Os baixos impostos sobre ganhos de capital, especialmente aqueles praticados por empresários, ajudam a compensar o risco financeiro envolvido na expansão empresarial. Eles criam um incentivo mais forte para manter o crescimento de negócios, gerando novos postos de trabalho e atraindo compradores substanciais.Impostos no mundoO estudo mostra, ainda, que as economias da Europa Ocidental impõem impostos mais rígidos sobre ganhos de capital dos empresários. Na Alemanha, um empresário que vende sua companhia de US$ 50 milhões, com um lucro de US$ 49 milhões, pagaria 46,6% ou US$ 23,3 milhões em imposto. Na França, a tributação é de 36% ou US$ 17,6 milhões. Além disso, na Alemanha, a isenção parcial na venda de um negócio com lucro de 5 milhões de euros aplica-se somente a empresário com mais de 55 anos, o que coloca os empreendedores mais jovens em desvantagem.O regime fiscal para as empresas é menor nos EUA, porém, ainda é desfavorável se comparado ao Brasil. Como fatura fiscal, um empresário norte-americano vendendo o mesmo negócio de US$ 50 milhões pagaria US$ 14,1 milhões, o que representa 28% do preço total, 40% a menos do que a Alemanha. No entanto, o empresário norte-americano iria pagar 95% a mais em impostos do que um empresário brasileiro.O levantamento da UHY aponta que na China - onde o Ministério do Comércio estima que o empreendedorismo seja responsável a cada ano por 75% dos novos empregos e 68% das exportações - os empresários são incentivados com um imposto sobre ganhos de capital abaixo da média global. Algumas economias menores como Nova Zelândia, Jamaica, Nigéria e Croácia buscam estimular o empreendedorismo, isentando os ganhos com a venda de um negócio em cenários mais comuns.O estudo não inclui benefícios de investimentos públicos específicos (por exemplo, para incentivar a ‘tecnologia limpa’). O empresário deverá ser o único proprietário e investidor do negócio, solteiro, sem filhos, natural do país, com uma renda anual de US$ 200.000 e sem planos imediatos para reinvestir seus lucros.Confira o levantamento completo da média dos impostos ao redor do mundo:

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