A ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial)
manifestou sua satisfação pelo lançamento da Década Internacional dos
Afrodescendentes, durante coletiva de imprensa na quarta-feira (10/12),
em Nova York.“Consideramos uma ocasião propícia para que todos os países
membros das Nações Unidas renovem seu compromisso com a igualdade
racial no mundo”, declarou a chefe da Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República –
SEPPIR/PR.Segundo Bairros, no Brasil - onde vivem cerca de 100 milhões
de afrodescendentes - tem melhorado a situação desse segmento nos
últimos anos, a partir de um maior acesso à educação e ao emprego,
graças aos programas governamentais.“Precisamos de um planeta onde
predominem o reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento para todos os
seres humanos”, afirmou, por sua vez, a responsável pelo Grupo de
Trabalho da ONU sobre as pessoas de Descendência Africana, Mireille
Fanon-Mendes.Na coletiva de imprensa pelo lançamento da Década, a
especialista lamentou que muitos são marginalizados, invisibilizados e
sofrem penúrias econômicas e sociais de maneira permanente, devido à cor
negra de sua pele.De acordo com a também integrante do Grupo de
Trabalho, a jamaicana Verene Shepard, o objetivo de dedicar o decênio
2015-2024 aos afrodescendentes é concluir o mesmo em uma situação bem
diferente da atual. “Temos esperanças de conseguir mudanças importantes
ou, pelo menos, dar passos nesta luta contra o racismo e a xenofobia”,
afirmou.Shepard recordou que o problema da discriminação é muito
complexo, por ter suas raízes em séculos passados, em fenômenos como a
colonização e a escravidão.A especialista assinalou que a educação e o
fortalecimento da justiça representam pilares para reverter o cenário de
abusos em que vive grande parte dos afrodescendentes, inclusive onde
constituem a maioria da população."Como disse, o assunto é bem complexo,
e passa por questões tão elementares como deixar de considerar os
negros uma ameaça quando cruzam as fronteiras ou quando enfrentam o
crime", sublinhou.Fonte: Prensa Latina Recomendar esta notícia via
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